António Cabrita (Almada, 1959) foi jornalista durante vinte e cinco anos, dezanove no Expresso, onde escrevia sobre cinema e livros. Há anos que hesita entre fazer uma tese sobre Grabato Dias ou sobre o "romance negro" em Alex La Guma, entre fazer um romance sobre a infância de Bocage ou sobre o "império líquido" da disforia portuguesa. No impasse só lhe saem versos de tíbio volume, mas, em escapando da já anunciada nova estirpe da ébola, crê que pelo menos coligirá a inesperada e esfuziante correspondência entre a sua tia Escolástica e Billy Wider. Que Deus lhe dê tempo e mais um bocadinho de responsabilidade.