Lisboeta desde sempre, Artur Henriques começou a rabiscar, como toda a gente, ainda de bibe. Apesar da ditadura, viveu a época áurea da publicidade, quando os criativos das agências não eram licenciados em comunicação, mas sim escritores e pintores. Entre a criação de campanhas, identidades gráficas, embalagens, ilustração e trabalhos para arquitectura, conquistou vários prémios nacionais e internacionais, entre eles o Europeo<br />Rizzoli. Fez banda desenhada, cartoon, livros infantis, capas de discos e colaborou em várias exposições de pintura, umas mais eróticas do que outras. Em certos circuitos e mesas redondas chamam-lhe o melhor cozinheiro de Lisboa sem restaurante próprio, título merecido q. b. Há alguns anos, começou a lançar um novo olhar sobre a vida que<br />descobriu – e que o descobriu – em Goa, e daí resultou um livro, no qual figuram as partes mais suculentas e inverosímeis da sua biografia.