(Lisboa, 1928- )Poeta e ensaísta. A sua poesia, só revelada em livro no início da década de sessenta, dir-se-ia situar-se entre esta década e a anterior. Daí o modo como sabe equilibrar a distensão da linguagem com um sentido elíptico que se diria voluntariamente assumido, as preocupações sociais com a ambiguidade de uma linguagem que acaba por encontrar o espaço próprio das suas imagens e metáforas, uma dispersão surrealizante com uma maior exigência e limpidez na construção poemática. Tem colaborado em avultado número de jornais e revistas, nacionais e estrangeiras, e tem participado em recitais de poesia em diversos pontos do país. Está representado em mais de três dezenas de antologias e volumes colectivos. Ao nível da actividade ensaística, e com predomínio da crítica de poesia, tem igualmente colaboração em cerca de dezena e meia de publicações periódicas.