António Lúcio Coutinho Vieira, Poeta, Dramaturgo, Investigador e Jornalista.<br /><br />Após os estudos académicos concluiu, anos mais tarde, um curso intensivo no Centro de Estudos Psicotécnicos, em Lisboa e, posteriormente, um outro de Relações Públicas.<br /><br />Foi responsável, ao longo de treze anos, pelo departamento de Comunicação e Relações Públicas do CEP 4 ( ex-Rodoviária Nacional ). Ocupou o cargo de Vice-presidente do Cine-Clube de T. Novas, o de director do Centro de Juventude e, posteriormente, da Casa de Cultura da cidade, ambos na área do Teatro.<br /><br />Fundou e dirigiu o Grupo Cénico Claras, o TET-Teatro Experimental Torrejano e o Teatro Estúdio, nos quais, ao longo de vários anos, encenou textos de autores portugueses e estrangeiros. Das várias montagens que assinou, destaca-se a célebre farsa de Luís de Sttau Monteiro, A Guerra Santa, que haveria de marcar politicamente, em Portugal, o Verão de 1977. Adaptou obras teatrais, clássicas e contemporâneas e é autor de vários originais de teatro, alguns para o público infanto-juvenil.<br /><br />Iniciou, na SPA–Sociedade Portuguesa de Autores, as 1ªs. Jornadas de Interpretação Teatral, onde pontuaram actores como Rogério Paulo e Canto e Castro, entre outros. A sua peça Aldeiabrava – 2º. lugar ex-aequo, no concurso nacional promovido pela ATADT (1967) - viria a ser escolhida pela SPA, para representar o teatro português numa mostra de livros portugueses em Moscovo.<br /><br />Ao longo dos anos, vários títulos haviam de integrar a lista de obras dramatúrgicas do autor: A Flor Mágica do Sábio Constelação e A Ilha das Maravilhas - ambas destinadas ao público infanto-juvenil - O Vértice, Aldeiabrava, Ou a Odisseia, A 7ª. Guerra Mundial, SOS-Sistema Optimizado de Saúde, ou o monólogo Eu, Sofredor me Confesso, são alguns desses títulos. Destinado a estudantes do ensino secundário nasceu, recentemente, uma colectânea de curtas peças, sob o título genérico de “Pequeno Teatro Académico”.<br /><br />É autor de vasto número de letras de canções e fados, principalmente de parceria com Paco Bandeira e com o maestro António Gavino e de vários temas da banda sonora da telenovela Filhos do Vento ( RTP-1997 ).<br /><br />No prefácio que dedicou ao seu livro de poemas Re Cantos, Pedro Barroso, um velho amigo do autor, deixa escrito que, lendo-se a sua poesia “sentimos o fulgor de uma enorme explosão de beleza pessoal; passa por ali o génio dos grandes” (...) “este livro fica aí para ler-se toda a vida como consultor e conselheiro. Como terapeuta das horas e breviário dos sentidos (...)”<br /><br />Foi Chefe de Redacção do semanário O Almonda, publicou reportagens na revista Domingo Magazine, do diário Correio da Manhã e colaborou, ao longo dos anos, com vários jornais regionais.<br /><br />É autor do script e da realização de curtas-metragens de cinema de ficção para a Equipa Fotograma e de vários documentários em vídeo. Foi Director de Estação e Director de Programas, em diversas estações regionais de rádio.<br /><br />Vencedor de alguns festivais de canção de âmbito regional, obteve o 2º. Lugar no Festival Nacional da Canção de Leiria ( 1987 ), possui prémios de rádio ( programa Auditório – RCL ) e de teatro: Aldeiabrava viria a obter o 2º. lugar, ex-aequo, no Concurso Nacional da ATADT (Portugal) vencendo o Festival de Teatro Português de Toronto ( Canadá ) em 1990.<br /><br />António Lúcio Vieira foi distinguido, em 1997, com os diplomas de Mérito e de Louvor, pela Casa do Ribatejo, em Lisboa.<br /><br />É membro da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores.