Filósofo português, Orlando Vitorino nasceu em 1922 e faleceu a 14 de dezembro de 2003, em Lisboa.<br />Licenciou-se na Universidade de Lisboa, em Ciências Histórico-Filosóficas e foi funcionário superior do Serviço de Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian. <br />Discípulo de José Marinho e Álvaro Ribeiro e inspirado em Hegel, destacou-se sobretudo na filosofia, publicando vários estudos e livros nessa área: Filosofia, Ciência, Religião (1959), A Idade do Corpo e a Fenomologia do Mal (1970), Refutação da Filosofia Triunfante (1976) e Exaltação da Filosofia Derrotada (1983). O filósofo nas suas reflexões aborda várias temáticas desde a Estética, à Filosofia do Teatro ou à Filosofia Política, sendo muito conhecida a reflexão sobre a inutilidade da Universidade, levando-a à sua extinção.<br />Para além da filosofia, Orlando Vitorino desempenhou um papel ativo na área do teatro, como ator, encenador e dramaturgo, com as peças Nem Amantes Nem Amigos (1962) e Tongatabu (1965). Dirigiu os Teatros de Arte de Lisboa, da Trindade e da Estufa Fria. Foi também diretor dos filmes Eu Fui ao Jardim Celeste (1952), Fábula da Leitura (1952) e Nem Amantes, Nem Amigos (1970).<br />Em 1985, tentou candidatar-se à Presidência da República, desistindo, mais tarde, por não ter conseguido recolher as assinaturas necessárias.<br />Orlando Vitorino, numa tentativa de reconstrução do Estado, redigiu um projeto para uma nova Constituição, onde se tenta conciliar, num projeto político e económico misto e liberal, elementos monárquicos, aristocráticos e democráticos.