Editorial: Abysmo
Número de páginas: 105 págs. 15.0 x 22.0 cm
Fecha de edición: 23-05-2014
EAN: 9789898688101
ISBN: 978-989-8688-10-1
Precio (sin IVA): 17,31 €
Precio (IVA incluído): 18,00 €
Autores vários
São 20 ilustrações e outros tantos poemas num livro que se desdobra de mil modos para celebrar a liberdade, mergulhando raízes na utopia e sem esquecer aquilo que o presente nos exige em nome de um futuro distinto. Em fundo, ouve-se o Zé Mário Branco, suando em FMI. Vá-se lá saber porquê...
ILUSTRAÇÕES
Ana Biscaia
André Carrilho
Afonso Cruz
João Fazenda
Alex Gozblau
António Jorge Gonçalves
Luís Lázaro
André Lemos
André Letria
André da Loba
João Maio Pinto
Luis Manuel Gaspar
Tiago Manuel
Mariana, a miserável
Rui Rasquinho
Cristina Sampaio
Manuel San Payo
Nuno Saraiva
Gonçalo Viana
Pedro Zamith
POESIA
Maria Quintans
Margarida Vale de Gato
Helder Moura Pereira
Raquel Nobre Guerra
Carlos Alberto Machado
Catarina Nunes de Almeida
Filipa Leal
António Poppe
Luís Quintais
Miguel-Manso
Fernando Luís Sampaio
Regina Guimarães
Paulo José Miranda
Manuela de Freitas
Vasco Gato
Inês Fonseca Santos
Joana Emídio Marques
António Cabrita
Nuno Brito
Miguel Cardoso
UM BANHO DE ABRIL
RUI PORTULEZ, do Prefácio.
40 Anos de 25 de Abril, como comemorá-los?
Há quem pense em encher chaimites com cravos ou enfeitar a assembleia da república com laçarotes de retórica vazia e demagogia panfletária. Nós pensamos que a palavra de ordem “25 de Abril sempre!” continua a fazer sentido. E, já agora, “Fascismo nunca mais!” também.
Por isso, achámos que seria necessário comemorar Abril com dignidade, de forma marcante e perene, e de imediato
escolhemos como bandeira os ideais da revolução portuguesa, mergulhando de cabeça no nosso país de poetas, e não na areia. Ao invés de repetir os versos que deram alento ao povo e ajudaram a fazer cair o regime, optámos por actualizar os valores de Abril, sob o signo da Liberdade. Celebrando esse bem escasso. Liberdade ontológica, de expressão, de escolha, de pensamento. A liberdade que vai passando por aqui, mas cujo caudal tantas vezes não passa de um fio de água, constrangida e ainda por cima ameaçada de privatização...
Por isso, convidámos 20 poetas e 20 ilustradores para que nos dessem um banho de Abril. Para que lavassem os restos do país salazarento, transformassem o pântano num mar bravo de ideias, fizessem muitas ondas, saltassem as margens da apatia e acabassem de vez com a seca do respeitinho, dos braços caídos, do nada a fazer. Que eles ensinassem ou relembrassem a nadar, para apanhar a maré alta que queremos que se levante.
Foi este o resultado. E agora, ouvindo a música de José Mário Branco como inspiração maior, “troquemos-lhes as voltas, que ainda o dia é uma criança!”