Editorial: Tinta da China
Número de páginas: 180 págs. 19.9 x 14.5 cm
Fecha de edición: 27-06-2024
EAN: 9789896718428
ISBN: 978-989-671-842-8
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Novo volume da Colecção de Poesia dirigida por Pedro Mexia: Antologia poética de Luís Amorim de Sousa. Lisboa, Lourenço Marques, Londres, Washington, Brasília, o mundo. Conhecemos o percurso de Luís Amorim de Sousa dos seus livros autobiográficos em prosa e de muitos poemas (estreou-se em livro em 1968) como aqueles que constituem esta antologia. Estão aqui as cidades, os museus, os amigos, os escritores moçambicanos, ou os artistas expatriados em Londres, entre os quais avulta Alberto de Lacerda.
Mas o que interessa ao poeta, elegante e pudico, não é a sua biografia, é o frémito de tudo isso («que sítio é este?», pergunta), a fugacidade de tudo isso («o fugaz / oferece por omissão»), a liberdade que então não tínhamos, o maravilhamento estético e íntimo. O seu idioma poético consiste desde há muito em imagens, colagens, elipses e deslocamentos, uma linguagem desenvolta, mas não espontaneísta, devedora de Pound e de outros anglófonos menos evidentes, como Bunting ou Koch.
Assim como existe o «sousafone», uma tuba concebida pelo luso-descendente que escreveu a marcha oficial dos EUA, Luís Amorim de Sousa inventou a música adequada às suas memórias, aos seus trajectos, aos retratos que são presenças animadas, a uma «luz que eu buscava intensa / à superfície das coisas».