Editorial: Universidade Católica Editora
Colección: Estudos de comunicação e cultura
Número de páginas: 383 págs. 23.0 cm
Fecha de edición: 30-11-2012
EAN: 9789725403815
ISBN: 978-972-54-0381-5
Precio (sin IVA): 30,00 €
Precio (IVA incluído): 31,20 €
A televisão mostra constantemente multidões políticas, religiosas, festivas e muitas da sua própria criação em programas de entretenimento e espectáculo. Todavia, esta relação entre o “meio de massas” televisão e as “massas” nela presentes não recebeu até hoje atenção quanto ao seu significado sociológico e mediático. Facto estranho, sendo a multidão uma das mais tenazes formas sociais, necessária à vida colectiva, não só na sua expressão integrada e consensual, como na sua expressão “apocalíptica” e de dissensão. Considerada na sua repetição e diversidade, a multidão adquire um carácter estrutural. Ao ocupar o espaço público e mediático, a multidão tem intenção de representação. É para ser vista. É uma forma de comunicação.
Este livro propõe uma viagem ao centro da teoria da multidão, que ocupou desde sempre um lugar no pensamento político-social do Ocidente, mas não originou paradigmas consistentes, devido à diversidade de representações teóricas e ao seu carácter efémero. É um tema habitualmente à margem do núcleo de reflexão político-sociológica.
Propondo-se colmatar esse vazio, o livro faz o levantamento crítico e fundamentado historicamente das teorias da multidão e analisa depois em detalhe representações multitudinárias na televisão, como os colectivos encenados nos estúdios de TV e, no espaço público, manifestações globais contra a globalização, Marchas Brancas em Bruxelas e Portugal, um ataque a um milheiral transgénico em Silves, as manifestações de professores em 2008, uma missa campal do papa na Alemanha, o último dos concertos Promenade na BBC, os MTV European Music Awards em Lisboa e o Euro 2004.