Editorial: Edições Minerva Coimbra
Colección: Comunicação ; 57
Número de páginas: 185 págs. 23.0 cm
Fecha de edición: 01-01-2011
EAN: 9789727982967
ISBN: 978-972-798-296-7
Precio (sin IVA): 22,00 €
Precio (IVA incluído): 22,88 €
«Desde as primeiras emissões até aos nossos dias, a televisão portuguesa mudou muito. Jamais será o que foi e dificilmente se investirá do mesmo papel estruturante, do ponto de vista social, que teve durante longo tempo. Ao princípio do monopólio do Estado -e do exercício de serviço público - sucedeu um modelo concorrencial inteiramente vocacionado para a conquista do mercado, no qual a lógica do telespectador-cidadão deu lugar ao conceito de telespectador-consumidor. A competitividade entre o sector público e o sector privado dirimiu as fronteiras e as responsabilidades de cada televisão e forçou-as a enveredar por um caminho ainda generalista, mas orientado para públicos cada vez mais amplos e heterogéneos…». Nesse contexto é urgente perceber que conteúdos nos oferecem os operadores generalistas em Portugal? Que funções estão subjacentes à programação televisiva emitida em sinal aberto? E que programas poderão estar votados à exclusão da cena televisiva, sobretudo depois da TDT e das televisões regionais?
A Televisão Por Dentro e Por Fora é um livro que procura responder a estas questões, incidindo sobre as especificidades da oferta de programas de cada um dos operadores generalistas, tratando globalmente os conteúdos programáticos num período de 16 anos.
Num país que carece de ensaios empíricos e estudos de monitorização de programas televisivos para perceber o desempenho das estações de televisão, este contributo levanta um pequeno véu de possibilidades de compreensão das particularidades televisivas do caso português.
Os primeiros três capítulos do livro traçam um mapa teórico que introduz o leitor na problemática televisiva, distinguindo os vários modelos de televisão e as estratégias operativas de formação de uma grelha de programas. Os três capítulos seguintes caracterizam a oferta nacional, com uma arrumação de dados inteiramente original, que permite distinguir cada uma das estações e atribuir uma marca identitária a cada uma delas.
“Importa não esquecer que Portugal, no conjunto dos demais países da Europa, foi dos últimos a implementar a televisão e também dos que mais tarde liberalizou o mercado televisivo. Ainda assim, não tardou em marcar os tempos e a igualar-se às características dos demais países congéneres. Porta-voz quase omnipresente das comunidades portuguesas, dos seus valores, da sua identidade e fortemente marcada pelas dinâmicas sociais, historico-políticas e económicas”, a televisão portuguesa interessa não só aos profissionais que nela trabalham, aos investigadores da área, mas também a todos que fazem questão de questionar os produtos oferecidos pelos Media em geral e pela televisão em particular.