Amo-te e outras coisas pra te dizer

Clemente, Diogo

Pelas leis do que um dia foram caminhos para mim, faço-te aqui um agradecimento.
Não por nada em específico, mas por absolutamente tudo em que estás dentro.
No café da manhã, na sombra da laranjeira, no vento e nos pássaros a falar, na chegada de um barco, nos meus passos sozinho, na minha ausência de caminhos, no toque de um corpo quente, no abismo de amanhã e acima de tudo na memória, que é mais do que o mundo e do que a vida.
Nada é tão pleno e perene como a tua existência, habitas mais do que o ar e a luz, estás acima de todas as coisas e dentro delas, fazes existir a vida com valor e todos os acontecimentos são por ti.
Vivo por ti. São por ti todas as minhas lágrimas, as mais felizes e as que me ceifaram anos à alma.
Não é bem nem mal, és o amor.
Todos os beijos e cicatrizes te agradeço.
Escrevi-os aqui e que isto seja maior do que eu.
Quando me for, que me conheçam pelo que me fizeste e que seja eu o que nós fizemos desta vida juntos, entre as minhas escolhas e as tuas mãos.