Editorial: Planeta (Portugal)
Número de páginas: 224 págs. 23.0 x 15.0 cm
Fecha de edición: 03-05-2016
EAN: 9789896577926
ISBN: 978-989-657-792-6
Precio (sin IVA): 19,49 €
Precio (IVA incluído): 20,27 €
António Mateus não é só o maior conhecedor português da vida e obra de Nelson Mandela. Durante quase três décadas, o autor foi destacado pela agência Lusa como enviado especial a quase todas as rondas de conversações para retirada das tropas cubanas de Angola e independência da Namíbia, e posteriores tentativas de cessar-fogo, que tiveram lugar em Brazzaville, Kinshasa, Gbadolite, Lusaca, Pretória, Cidade do Cabo e Cairo.
Acompanhou no terreno a formação prestada às FAA pela Executive Outcomes, o último Congresso da UNITA na mata, a Cimeira José Eduardo dos Santos-Jonas Savimbi, em Lusaca, e entrevistou muitos dos principais intervenientes, de um lado e de outro, no esforço de guerra e na busca de paz.
É de toda essa viagem que trata este livro. Privilegiando o olhar humano e não o político e, ainda menos, o ideológico. Violações aos direitos humanos são sempre isso mesmo, indepen-dentemente da cor política ou racial de quem as comete, dos motivos “justificativos”, ou dos objectivos a atingir.
Um livro que resgata do esquecimento as histórias da vaga de refugiados portugueses que viraram costas a Portugal e a quem Portugal virou por sua vez costas: os muitos milhares que rumaram de Angola para a África do Sul, que perderam tudo, que perderam a vida em naufrágios de barcos superlotados, que perderam, em muitos caos, a esperança numa vida digna, enchendo campos de refugiados para eles construídos.
Seguimos percurso de repórter do autor, António Mateus, acompanhando a história do conturbado período pós colonial de Angola, marcado pela luta fratricida entre forças locais, apoiadas por potências estrangeiras, desde 1988 – cobertura dos Encontros de Brazzzaville, ao serviço da Lusa – até 2012 – cobertura para a RTP das segundas eleições gerais angolanas.
Fazemos ainda um flash-back ao período da descolonização – de 1974 a 1976 – através dos depoimentos e das histórias de refugiados que, não querendo «retornar» a Portugal (que muitos deles nem conheciam), e sim permancer em África, formaram uma coluna em direcção à África do Sul, através das chamadas terras do Fim do Mundo.
Coluna que veio a ficar conhecida como A Caravana do Fim do Mundo (título de uma reportagem premiada da autoria de António Mateus para a RTP).
O livro inclui 32 páginas com fotografias inéditas e nos anexos uma lista cronológica das rondas finais de negociações para a Independência da Namíbia e retirada cubana de Angola e uma Cronologia Sumária dos principais eventos da História póscolonial de Angola.