Editorial: Gradiva
Número de páginas: 532 págs. 25.0 x 19.0 cm
Fecha de edición: 01-09-2020
EAN: 9789896168780
ISBN: 978-989-616-878-0
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As árvores, além das melhorias que trazem ao clima da cidade, têm um efeito harmonizador na paisagem urbana: logo que estas chegam a uma rua a paisagem torna‑se mais suave, mais estimulante. Por vezes as árvores lembram‑nos memórias passadas, jardins desaparecidos, construções derrubadas. As árvores crescem para todos, sem discriminarem a ninguém. Dão muito e pedem pouco, oferecem‑nos saúde e beleza em troca apenas de um pouco de atenção e tornam a cidade mais habitável sem pedir mais que uns metros de passeio. As árvores das cidades têm o direito de serem mais reconhecidas e mais amadas. Mas como amar o que não conhecemos? Ora, o homem ou a mulher comum reconhece as palmeiras, as oliveiras, os pinheiros... e pouco mais. E, ainda quanto a esses poucos exemplares, vê‑os não poucas vezes como seres inanimados, não muito diferentes dos pedaços de madeira que esperam a fogueira ou o carro do lixo. Isto enquanto sabe desfiar os nomes dos jogadores de futebol ou dos astros do cinema. Ora — e por muito respeito que todas essas pessoas nos mereçam — os homens poderiam viver sem futebol, sem cinema, sem artes, mesmo sem ciência, mas não sem árvores. São elas que nos dão «só» o ar que respiramos, para não falar nos numerosos alimentos que nos fornecem. Este livro é uma contribuição no sentido de dar a conhecer as árvores nas nossas cidades, tanto no Continente como nas Ilhas. Tentámos apresentar as árvores como seres vivos que são, reagindo ao sol ou à chuva, com as suas preferências e antipatias, os seus amigos e os que não lhes querem tão bem; e mostrar a forma como as podemos distinguir, multiplicar, plantar e proteger. Se com isto tivermos salvo uma árvore, damo‑nos por satisfeitos.