Editorial: Almedina
Número de páginas: 224 págs. 22.8 x 15.8 cm
Fecha de edición: 01-05-2017
EAN: 9789724070025
ISBN: 978-972-40-7002-5
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Precio (IVA incluído): 21,40 €
A crise económica e financeira recente que começou com os problemas do mercado imobiliário de sub-prime nos EUA teve um efeito económico global, metamorfoseando-se em Portugal numa crise de dívida pública.
Após a aplicação de tímidas medidas de política fiscal expansionista, assistiu-se na Europa a uma viragem drástica para a implementação de políticas governamentais destinadas a reduzir de forma substancial o défice orçamental durante uma recessão, vulgarmente conhecidas por medidas de austeridade.
Inspirada na metáfora de John Quiggin que compara as medidas de austeridade a ideias zombie ou seja, ideias que parecem ser imunes à refutação empírica e que não se conseguem matar, este livro oferece argumentos teóricos e históricos que sustentam que as medidas de consolidação orçamental aplicadas sobretudo do lado da despesa numa situação de recessão severa, num contexto em que o país não dispõe do instrumento de desvalorização cambial, e quando os nossos parceiros comerciais estão a fazer exatamente o mesmo, nunca resultaram em nenhum país do mundo, em nenhum período da história.
Os seus efeitos são hoje consensualmente considerados recessivos no curto prazo, e as cicatrizes que deixam na economia são muitas vezes permanentes. Neste livro mostra-se que pelo menos no que diz respeito à política fiscal deveria se ter feito exatamente o contrário do que foi implementado. Especial atenção é dada a explicação da viabilidade das políticas alternativas, e nomeadamente à questão do seu financiamento.
Defende-se a necessidade imperiosa de aumento do investimento público nas áreas estratégicas definidas pela Comissão Europeia, de um renovado papel do Banco Central Europeu e da reformulação das regras fiscais da Zona Euro plasmadas no Pacto de Estabilidade e Crescimento.