Editorial: Edições Colibri
Número de páginas: 314 págs. 23.0 x 16.0 cm
Fecha de edición: 01-12-2020
EAN: 9789895660254
ISBN: 978-989-566-025-4
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As últimas décadas do Séc. XVIII e as primeiras do século seguinte foram, em Portugal, Espanha, noutros países europeus, e no continente americano, tempos de guerra, de intensos conflitos sociais, de alteração de regimes políticos e de nascimento de novas nações independentes. Tal onda de acontecimentos causou em Portugal pesadíssimos danos em bens e vidas das populações. Prejuízos e sacrifícios que não atingiram igual gravidade na generalidade das aldeias, vilas e cidades do país. Campo Maior, aglomerado rural situada junto à raia, a uma dúzia de quilómetros de Badajoz, vai ter participação, com custos elevadíssimos, em todos aqueles sucessos históricos.
Os seus jovens, forçados pelas circunstâncias, vão trocar durante longos anos as roupas civis e os utensílios agrícolas pelas fardas militares e pelos piques e fuzis. Só no ano de 1808 foram criadas na vila duas unidades militares - o Regimento de Infantaria N.º 10 e o Batalhão de Caçadores N.º 5 -, formadas por naturais de concelhos do Alto Alentejo, sobretudo por campomaiorenses. A vila cercada e tomada, em 1801 pelos espanhóis - onde em 1808 uma revolução patriótica contra a presença francesa saiu vitoriosa - e, novamente sitiada e ocupada, pelos franceses, em 1811, transforma-se durante a Guerra Peninsular numa espécie de mega quartel na qual, por períodos curtos ou longos, se acomodam largos milhares de soldados das mais diferentes nacionalidades.