Da guerra nunca se volta

os caminos cruzados da Guerra Colonial

Teixeira, Armando Sousa

O livro foi escrito em nome de todos aqueles que exilados, perseguidos, presos, torturados, castigados, despromovidos, humilhados, traumatizados, deram o melhor da sua generosidade idealista e revolucionária (mesmo que por simples imperativo de consciência!), pelo fim da Guerra Colonial e pela redenção da Pátria Portuguesa. Exige-se que no estado de direito democrático constitucional e progressista, conquistado em Abril de 1974, seja desmistificada a interpretação histórica reaccionária e reconhecido o papel, modesto embora, dos milicianos revolucionários que se bateram por Abril.
É imperativo que os portugueses tenham direito à verdade histórica, autêntica e desalienada, fundada nas memórias de vivências dolorosas ou fraternais, fidedignas como aquelas que ora se contam baseadas na própria experiência ou alicerçadas nas recordações de outrem.
Sem prejuízo de ao longo da presente obra (o segundo volume de uma trilogia provável) se ter recorrido ao texto ficcional, ela foi baseada na autenticidade de memórias honradas, consubstanciando relatos tão próximos da realidade, por vezes suplantando-a, tão vivos, tão perenes, tão doloroso, tão enternecedores, tão cheios de esperança no futuro.