Jesuíno, Jorge Correia
(ed.)
Oliveira, Clara Costa
(ed.)
Editorial: Faculdade de Filosofia, Universidade Católica Portuguesa
Colección: Filosofia ; 42
Número de páginas: 232 págs.
Fecha de edición: 02-09-2016
EAN: 9789726972563
ISBN: 978-972-697-256-3
Precio (sin IVA): 17,25 €
Precio (IVA incluído): 17,94 €
Agora que li este livro, luto passou a ser um conceito menos anguloso, assim à laia de um seixo rolado que tanto pode dar pancadas secas (lembram-se do martelo?), como apaziaguar os músculos numa massagem de pedras quentes. E já não é negro. É cinzento, cinzento claro vá, vamos com calma... O luto surge aqui como um elo que confere sentido à vida e à morte já que (também lerão) “a morte de um ente querido provoca grandes alterações na vida, que somente um processo de luto saudável ajuda a resolver.”
(Alexandra Nobre, in Apresentação)
Precisamos de retomar, ou de reinventar, rituais que facilitem a integração do sofrimento e do luto no ciclo vital, individual e comunitário. Se a morte não tem qualquer sentido, a vida é um absurdo, e desaparecer para sempre quanto antes pode constituir ele próprio um sentido. Da importância antropológica e comunitária falamos repetidamente ao longo desta obra; ela permite que o processo de luto culmine numa melancolia doce e simultaneamente triste... Podemos então caracterizar este livro como se estruturando em uma dialéctica onde morte, luto e melancolia constituem cada um deles possíveis “interpretantes” ou mediações dos outros dois conceitos.
(Jorge Correia Jesuíno e Clara Costa Oliveira, in Introdução)
Os adultos têm muita dificuldade em lidar com emoções muito intensas nas crianças. Para eles também é importante compreender o que é um processo de luto infantil (...) A perda de um elemento da família nuclear na infância pode constituir-se como um factor de risco para o desenvolvimento emocional da criança. Tendo como base as respostas emocionais das crianças em luto e os factores de risco para o seu desenvolvimento, reconhecemos assim que as crianças em luto têm necessidades específicas de serem informadas, envolvidas e simultaneamente protegidas, para facilitar a sua adaptação.
(Maria de Jesus Moura, in Capítulo 5)