Exposto

Barros, António

A exposição é cruel. É humano ter medo da exposição. A exposição pode acarretar negação e crítica negativa. É humana a dificuldade em lidar com a negação e com a crítica sendo negativa. Ser humano também é rir, chorar e partilhar sentimentos. A obra apresentada vive desta ambiguidade do oculto e da partilha. A palavra torna-se assim, aos olhos de quem escreve, a ferramenta fundamental para documentar esses pensamentos, desejos, períodos de angústia e felicidade extrema que durante anos estiveram arquivados.
Assim, foi possível compilar vários poemas que se debruçam sobre a exploração das emoções humanas em variadíssimas vertentes. Ao longo das páginas, é notória a evolução da forma como introspectivamente explana o amor, a perda, a insegurança e a solidão, sendo evidente a ambiguidade entre a beleza e a dor da existência. Os pensamentos apresentados refletem realidades vividas por quem as lê verso a verso.