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Jornalismo e direitos da criança
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Jornalismo e direitos da criança

conflitos e oportunidades em Portugal e no Brasil

Marôpo, Lídia

Editorial: Edições Minerva Coimbra

Colección: Comunicação . Jornalismo ; 61

Número de páginas: 155 págs.  23.0 cm  

Fecha de edición: 30-11-2012

EAN: 9789727983353

ISBN: 978-972-798-335-3

Precio (sin IVA): 20,00 €

Precio (IVA incluído): 20,80 €

Nas últimas décadas o jornalismo tem dedicado uma atenção crescente às temáticas e problemas que afetam diretamente crianças e jovens. Temas como educação, maus-tratos, abusos sexuais e trabalho infantil ganharam visibilidade mediática, possibilitando um maior reconhecimento público destas questões e estimulando a denúncia em caso de desrespeito aos direitos de crianças e jovens. Por outro lado, o próprio jornalismo frequentemente viola esses mesmos direitos, consagrados em diplomas legais nacionais e internacionais. Nas notícias, crianças e jovens continuam a ser identificados em situações prejudiciais ao seu desenvolvimento, são também frequentemente representados de forma estigmatizante quando vivem em situação de vulnerabilidade social ou quando fazem parte de grupos minoritários e o seu ponto de vista é silenciado ou aparece apenas como registo curioso ou engraçado. As prioridades comerciais dos media, as dificuldades diárias da produção jornalística (escassez de tempo, espaço e investimento), bem como o próprio estatuto minoritário das crianças na sociedade (que na verdade não são uma minoria em termos quantitativos, já que as pessoas com idade até 18 anos somam aproximadamente 37% da população mundial) são constrangimentos para enquadramentos noticiosos que protejam e promovam os direitos infantojuvenis. Nesta perspetiva, partimos da ideia central de que as notícias são uma construção social, reflexo das forças sociais, económicas e culturais preponderantes em cada sociedade para refletir sobre o jornalismo português e brasileiro. Com base num vasto trabalho de campo, que inclui análise de documentos, entrevistas com jornalistas e fontes de informação dos dois países e análise dos jornais Público (Portugal) e O Globo (Brasil), concluímos que o jornalismo predominantemente reproduz uma imagem da infância e da juventude como objetos de provisão e proteção (ou repressão, conforme o caso), o que remete para uma cidadania passiva na qual os adultos sobrepõem os seus pontos de vista, enquanto crianças e jovens são silenciados como sujeitos de interesse político e social.

 

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