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Mais patrimonio

vida e alma por trás das pedras

Noras, José Miguel

Editorial: Âncora Editora

Número de páginas: 160 págs.  20.0 x 13.5 cm  

Fecha de edición: 12-11-2015

EAN: 9789727805242

ISBN: 978-972-780-524-2

Precio (sin IVA): 14,95 €

Precio (IVA incluído): 15,55 €

O título escolhido, Mais Património, assim apresentado sem outras informações, sugere-nos a imensidão de um rio sem limites, de um mar sem fronteiras... Carece, pois, desde logo, do conforto de uma explicação que lhe marque os contornos e lhe precise o objecto.
Com efeito, a riqueza e a diversidade do património, praticamente inesgotáveis, tornam-se insusceptíveis de uma completa apreciação num escorço como aquele a que nos propomos. Na verdade, Mais Património não excede a amplitude do “trabalho de salvaguarda”, vivido no terreno aquando do exercício de funções autárquicas, tanto no âmbito dos concelhos de Santarém e de Lamego, como no domínio da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico.
Para fundamentar as suas propostas, o autor oferece nesta obra úteis informações sobre a legislação portuguesa actual, recorda a acção de Alexandre Herculano, estuda dois momentos especialmente dramáticos para a preservação do património português – o Terramoto de 1755 e a extinção das ordens religiosas em 1834 –, além de referir os nomes e acções de outros lutadores pelo Património, como Mouzinho de Albuquerque e Mendes Leal. Finalmente, mostra como surgiu e se desenvolveu, na teoria e na prática, o conceito de “Património Mundial”, por iniciativa da UNESCO, desde a proclamação da Carta de Atenas (1931) até aos nossos dias. Em apêndice, oferece um elenco de diplomas legislativos que fixam o quadro legal português desde 1901 até hoje, e por fim um elenco bibliográfico de estudos acerca do Património. Não é preciso mais do que este breve sumário de conteúdos para recomendar a obra. Mas parece-me também oportuno referir que ela aparece cinco ou seis meses depois da destruição das ruínas e vestígios arqueológicos de Palmira, um dos sítios mais veneráveis do Património Mundial, expoente máximo do encontro pacífico das civilizações do Oriente e do Ocidente, e, simultaneamente, do papel que a Arte e o Pensamento tiveram no desenvolvimento espiritual do Homem. A sua destruição voluntária significa que a barbárie pode surgir ou ressurgir a cada momento, por vezes com uma violência inaudita, e que as aquisições espirituais não são definitivas. Com efeito, o atentado seguia-se à destruição dos budas gigantes de Bamiyan perpetrada pelo governo taliban do Afeganistão em 2001.

Estes acontecimentos tão recentes fazem estremecer qualquer pessoa civilizada. Põem em causa o conceito de património como legado simbólico de valores transmitidos à colectividade de geração em geração. Mas convém também lembrar que a noção de património colectivo, de bem comum, alheio à propriedade privada, condena igualmente quem dele se apodera e o transfere para as suas colecções particulares. Como se sabe, também alguns coleccionadores internacionais aproveitaram a dispersão de peças particularmente valiosas dos museus iraquianos, por ocasião da Guerra do Iraque, para delas se apoderarem, sem que os organismos responsáveis pela sua salvaguarda tivessem podido intervir.

 

Características

Idioma:
Portugués
País de edición:
Portugal
Encuadernación:
Rústica
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