O curandeiro

Francisco, Hermínio

"O Alcides estava paralisado e de mãos na cabeça, pois pensava que tinha matado o primo. Carlos, quando chegou ao pé do corpo inanimado do Abelm, pegou-lhe cuidadosamente na cabeça ensanguentada e verificou que o ferimento era grave e, se nada fosse feito, o Abel iria morrer e o Alcides malharia com os ossos na cadeia. Ele não podia deixar que isso acontecesse, mas também não se queria revelar, pelo que teve uma ideia que talvez resolvesse o impasse, não revelando toda a verdade do seu segredo, mas ism uma meia verdade.
Como era do conhecimento geral que ele era um papa livros e sabedor de cinências várias, seria fácil mascarar a sua capacidade de curar, mascarando-a com alguma charlatanice curandeira de modo a que o povo não ficasse assustado. Desde sempre houve curandeiros, que com ervas e mezinhas, rezas e rezinhas iam curando as maleitas daquele povo atrasado e supersticioso e ele não se importava nada de passar por um desses curandeiros, pois daí não viria nenhum mal ao mundo, ou a si e aos seus."