O estranho caso da flutuação

Nóbrega, Sandro

Numa manhã de sábado, numa cidade situada numa ilha a meio do Atlântico, dois jovens começam a flutuar. Assim, do nada, a meio de uma brincadeira inocente. A partir daí, a rotina da povoação muda, levando os seus habitantes por uma espiral de acontecimentos inesperados. Desde o momento em que personagens se elevam do chão, flutua também o narrador - será ele, também, uma personagem? -, numa ânsia de se inteirar de pormenores que nem sempre consegue ver.
Das crianças, a flutuação avança sem olhar a idades, nem a géneros, nem a raças, nem a predisposições de espírito, sem barreiras, sem premeditação, flutuação, pura e dura. A obra coloca o leitor em confronto com uma realidade, uma epidemia desconhecida da flutuação, que desafia as leis da Física, ultrapassando algumas leis elementares da lógica e do bom senso. Será, assim, tão afastado da realidade?