Editorial: Mythus de Er
Número de páginas: 434 págs. 23.5 x 16.0 cm
Fecha de edición: 01-03-2022
EAN: 9789895415182
ISBN: 978-989-54151-8-2
Precio (sin IVA): 28,02 €
Precio (IVA incluído): 29,14 €
Eduardo A. C. Ribeiro foi juiz em Angola, onde nasceu, e exerceu muitas outras interessantes funções públicas em Angola e Macau. É autor de uma 2ª edição, revista e atualizada, do seu «Camões em Macau – uma verdade historiográfica», editada pela Mythus de ER em 2021, fruto das suas cogitações e incessante investigação em Macau, onde trabalhou durante 28 anos (1985 a 2014).
Antes de ir para Macau, permaneceu na sua terra, Angola, onde era magistrado do Ministério Público desde 1973, e viveu o período conturbado e violento do assalto ao poder pelos três Movimentos de Libertação após o 25 de abril, rumo à independência.
Durante o período de confinamento pandémico, achou que era tempo de cumprir uma promessa que havia feito ao filho, nascido em Luanda após a independência, e começou a narrar as peripécias passadas com ele e família no sul de Angola (Moçâmedes, Lubango, Lobito), Huambo e Luanda durante esses anos de brasa, episódios que seu filho, entretanto finado, só ouvia nos serões familiares com os amigos de Angola.
Tendo fugido do Lobito para Luanda aquando da invasão sul-africana em 1975, o Autor assistiu à declaração de independência no Largo 1º de maio em Luanda, e veio a exercer cargos importantes na justiça e no sector petrolífero de 1975 a 1982. Dirigindo-se a seu finado filho, mas para o seu neto um dia ler, narra esse período tenebroso da História de Angola em vívidos episódios que faz esparramar para as páginas do seu livro «O Som das Nossas Vozes – Uma Memória Angolana (1972-1982)», a lançar este ano pela Mythus de ER.
Com testemunhos pessoais na primeira pessoa, dele e de terceiros, cotejando mesmo, em certos passos, o seu testemunho com o de outros autores, o livro perpassa pelo afogadilho e perplexidade dos angolanos nas cidades citadas, entre tiros, sangue e perdas de vida e de bens, seguidos de fugas permanentes para as cidades mais importantes ou mesmo para a longínqua e remota Metrópole.
Tendo decidido permanecer em Luanda, assistiu aos desmandos do poder popular, à tentativa de golpe do 27 de maio de 1977, às prepotências e arbitrariedades do poder fresco de quem não estava preparado para governar.