Editorial: Fronteira do Caos Editores
Número de páginas: 156 págs. 23.0 x 15.0 cm
Fecha de edición: 01-07-2016
EAN: 9789898647627
ISBN: 978-989-8647-62-7
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Ao poeta exige-se liberdade. Com a qual consegue que um conjunto de signos orais ou escritos possa criar personagens, ambientes ou ideias com durabilidade. Que ultrapassem o tempo do poeta e do próprio leitor. Como no caso do Amor, a quem este poeta do Marão consagra uma enormidade de versos. Ou no caso da critica social. Como Aristófanes, António Passos Coelho não se cala sobre a pobreza, ou o abuso de poderes, tanto no verso como no conto ("Gente da Minha Terra" e "Histórias Selvagens", 2002). Abelardo (c. 1079-1142) que conhecia os diálogos heurísticos e especulativos de Santo Agostinho (354 d.C.-430 d.C.), de forma alegórica tradicional, sugere uma justiça para além do dogma e da ortodoxia. Da mesma forma que este poeta do Marão, de uma maneira clara e simples. Sem ser de "esquerda" ou de "direita", ao modo de Séneca "o que a lei não proíbe, proíbe a decência". O poeta transmontano di-lo "à sua maneira" e em vários poemas: "O que não é sentido / não pode ser cumprido" (Esta Lei), ou "O meu ódio / nunca subirá ao pódio. / Nem a minha inveja / causará dano a quem quer que seja" (Por muito que me doa).