Editorial: Imprensa de Ciências Sociais
Número de páginas: 294 págs. 23.0 x 15.0 cm
Fecha de edición: 01-07-2020
EAN: 9789726715962
ISBN: 978-972-671-596-2
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Que temas da intimidade afetiva e sexual entram na agenda mediática com a chegada da Revolução dos Cravos? Amor livre, feminismo, homossexualidade, pornografia, educação sexual, contraceção, aborto e terapia sexual são alguns dos assuntos identificados numa amostra de 1 500 artigos rastreados entre 1968 e 1978, em quatro publicações: Diário de Lisboa, Expresso, Crónica Feminina e Modas & Bordados. Para além desta análise quantitativa que reflete sobre a evolução dos discursos acerca da sexualidade na transição para a democracia, analisa-se qualitativamente a polémica gerada por uma carta enviada à Modas & Bordados, no pós-revolução. Gisela, uma jovem de 14 anos, inicia-se sexualmente na noite de 25 de Abril de 1974, «contagiada» pela celebração da liberdade nas ruas de Lisboa. As leitoras da revista não ficam indiferentes. Ao longo de ano e meio discutem o direito à sexualidade feminina e a sua importância para a construção democrática. O estudo da agenda mediática das sexualidades neste momento de mudança política e social é um contributo para a reflexão sobre a cidadania da intimidade em Portugal, em (re)equação permanente até aos nossos dias.