Sonoridades Eborenses

Sá, Vanda de (ed.) (...)

A publicação deste livro coloca Évora numa das mais recentes e desafiadoras abordagens da actualidade, articulando as linhas de investigação da musicologia urbana, da paisagem sonora e da musicologia histórica. Pelas suas características singulares, Évora apresenta-se como uma cidade muito atrativa para desenvolver um projecto focado na Patrimonialização da Paisagem Sonora Histórica. Distingue-se como uma cidade de média dimensão, embora com peso histórico relevante. O estatuto de Património Mundial da UNESCO (1986) garantiu-lhe especialmente desde então uma constante preservação do património edificado. No caso da música, salienta-se a riqueza do espólio associado à actividade da Sé até meados do século XVII e, em sentido contrário, a paradoxal escassez de estudos sobre os arquivos e actividade musical durante os séculos XVIII e XIX. Finalmente, a multiplicidade de instituições sacras e seculares cujo passado “sonoro” se encontra por desbravar. o Projecto PASEV – Patrimonialização da Paisagem Sonora de Évora 1540-1910, propôs-se, a partir de 2017, aprofundar esta mesma linha de investigação de forma integrada. Com a publicação de dois e-books pela Publicações do CIDEHUS (Universidade de Évora): Paisagens sonoras urbanas: História, Memória e Património (2019) e Paisagem Sonora Histórica. Anatomia dos sons das cidades (2021) foram já produzidos uma série de estudos relativos a Évora, enquadrados internacionalmente por trabalhos sobre outras cidades e espaços, com metodologias variadas e âmbito cronológico diverso. Esses estudos sobre os sons na (da) cidade complementam de forma direta o livro SONORIDADES EBORENSES que aqui se oferece e que deve, assim, ser articulado com essa mesma bibliografia