Ferreira, José Alberto
(ed.)
Editorial: Documenta
Número de páginas: 104 págs. 22.0 x 16.0 cm
Fecha de edición: 01-03-2024
EAN: 9789895681303
ISBN: 978-989-568-130-3
Precio (sin IVA): 23,40 €
Precio (IVA incluído): 24,34 €
Reúnem-se neste volume os textos das seis conferências realizadas no contexto da exposição Topomorphias, de Jorge Martins, patente no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, entre Outubro de 2022 e Abril de 2023. Ao longo da exposição, desafiámos vários especialistas para partilharem as suas leituras do trabalho de Jorge Martins com o artista e com o público. Algumas dessas abordagens tiveram em conta a diversidade do percurso do artista, como aconteceu com Adriana Oliveira, que analisa a obra de revestimento arquitectónico (azulejo, madeira, pedra) que o artista vem realizando ao longo dos anos, porventura uma das facetas menos conhecidas da sua carreira nacional e internacional. Foi também o caso de Joana Baião, responsável pela transcrição dos escritos que o artista lançou em centenas de páginas entre 1964 e 2020, e que os preparou para a edição dos Cadernos | Cuadernos para a Documenta (com edição de Óscar Alonso Molina) e aqui apresenta as evidências do processo. António Guerreiro percorre esses mesmos textos, lendo-os em chave teórica em busca da «ideia de pintura» que atravessa a escrita breve e de tonalidade aforística do artista. José Gil, um dos autores que mais tem escrito sobre Jorge Martins, aproxima-se de Topomorphias articulando dois tempos axiais (sincrónico e diacrónico, ou o tempo do movimento e o tempo da alteração) com a dupla geografia que nas pinturas identifica, entre a densidade compacta e a multiplicidade labiríntica, abrindo vias de aproximação ao deslumbramento e ao «inanalisável» segredo com que nos confrontam aquelas obras. José R. Santos, por sua vez, lança uma hipótese pela qual ensaia surpreender as variações topológicas e as forças morfológicas presentes nas pinturas de Topomorphias, caminho que se estende por uma complexa rede teórica em intenso diálogo com as obras e os textos dos Cadernos de Jorge Martins. A fechar o volume, o texto que Sérgio Mah escreveu para o catálogo da exposição, retomando as razões destas «geografias da forma».